Sindicatos em Ação - Edição 40 - Novembro de 2019 - page 4

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sindicatos em ação
|novembro 2019
Paulo Skaf
O P I N I Ã O
Paulo Skaf
Presidente da Federação e do Centro das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp)
No âmbito privado, novas perspectivas se abrem. Após déca-
das de juros básicos de dois dígitos, teremos alguns anos pela
frente de taxas perto de 5% ao ano, patamar nunca antes atin-
gido. Isso permite um forte aumento do crédito para famílias e
para as pequenas empresas.
Aqui, temos oportunidades. Possuímos um déficit de mais de
5 milhões de habitações que, com crescimento e crédito, po-
derão ser ofertadas por empresas brasileiras e estrangeiras que
queiram vir construir o novo Brasil.
Há também grande potencial no consumo das famílias nes-
sa conjuntura de juros mais baixos e retomada da economia.
No ano passado, por exemplo, apenas metade dos domicílios
tinha automóveis e 65% possuíam máquina de lavar. A nova
demanda que virá terá de ser atendida pela indústria.
Além disso, na infraestrutura, temos uma notável carteira de
projetos pronta que conta com mais de cem programas em di-
versos segmentos. Entre todos, destaca-se a área de óleo e gás.
É a que oferece mais oportunidades e a expectativa é que possa
atrair R$ 260 bilhões em investimentos nos próximos 35 anos.
Há também à vista uma série de possibilidades atraentes en-
tre renovações, novas concessões e desestatizações: 11 proje-
tos ferroviários, 18 na malha rodoviária, 20 portuários, 22 no
setor aéreo, além de inúmeras iniciativas na área de energia
elétrica e de mineração com potencial para levantar cerca de
US$ 60 bilhões em investimentos.
Da lista elaborada pelo governo de companhias que deverão
passar para a iniciativa privada, constam empresas como Casa
da Moeda, Correios, Telebras, Agência Brasileira Gestora de
Fundos Garantidores, Empresa Gestora de Ativos da União,
Companhia Brasileira de Trens Urbanos, entre outras.
Poucos países têm tantos bons ativos na praça como o Brasil
neste momento. Somos um país continental com mais de 8 mi-
lhões de quilômetros quadrados de área, 8,5 mil quilômetros de
costa e uma população de 210 milhões de pessoas. Gente traba-
lhadora e que quer prosperar, construindo este novo Brasil junto
com empresas brasileiras e estrangeiras que participarem deste
grande esforço de desenvolvimento e geração de empregos.
Após
décadas
de juros
básicos
de dois
dígitos,
teremos
alguns anos pela frente
de taxas perto de 5% ao
ano, patamar nunca antes
atingido.
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