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sindicatos em ação
| julho 2019
C A PA
RETOMADA
O último ano em que a economia brasileira apresen-
tou bom desempenho foi 2013, com 3% de cresci-
mento do PIB. De lá para cá foram três anos de cres-
cimento muito baixo (2014, 2017 e 2018) e dois de
recessão (2015 e 2016). O resultado disso é que em
2018 nosso PIB per capita foi 8,3% abaixo do que era
em 2014, retrocedendo ao nível de 2010. Isso, sem
falar dos 12,1 milhões de pessoas que se encontravam
desempregadas no final do ano passado.
Tais constatações poderiam recomendar grande dose de
pessimismo quanto ao futuro do país. Entretanto, estão
em nossas mãos as condições para que nos próximos
anos a economia apresente resultados muito distintos.
É possível cogitar não apenas uma retomada cíclica da
atividade econômica como a recuperação da capacida-
de de crescimento sustentado da economia brasileira.
O primeiro e fundamental elemento para que isso
ocorra começou a ser construído com o encaminha-
mento da Reforma da Previdência, recém aprovada em
primeiro turno na Câmara e cuja aprovação final pelo
Congresso poderá ocorrer em setembro deste ano. Em
que pese algum grau de incerteza quanto ao montan-
te total da economia a ser obtida com essa reforma,
é inquestionável sua importância para a recuperação
das contas públicas, condição essencial, embora não
suficiente, para o país sair da crise.
Vale lembrar que nos encontramos no início do se-
gundo semestre de um novo mandato dos poderes
executivo e legislativo federal, o que tende a consu-
mir algum período para ambientação. De qualquer
forma, o sucesso recentemente obtido na votação da
Reforma da Previdência, com apoio acima do que era
esperado, representa um relevante elemento favorá-
vel à diluição das incertezas no setor privado.
