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sindicatos em ação
| março 2015
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simmesp
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Buscar novas tecnologias que contri-
buam para o crescimento e fortaleci-
mento do setor têxtil tem sido um dos
principais trabalhos desenvolvidos
pelo Simmesp (Sindicato da Indústria
da Malharia e Meias no Estado de São
Paulo). Para tanto, o presidente Elias
Miguel Haddad tem conciliado o traba-
lho feito na entidade, como desenvolvi-
do no Comitê da Cadeia Produtiva da
Indústria Têxtil, Confecção e Vestuário
(Comtêxtil), do qual é coordenador.
Em reunião do Comtêxtil, no dia, 24 de fevereiro,
na sede da Federação das Indústrias do Estado de
São Paulo (Fiesp), o tema principal foi o uso da
biotecnologia na área têxtil. O palestrante convi-
dado, Eduardo Giacomazzi, falou sobre como os
materiais inovadores vão influenciar o futuro da
indústria, principalmente inspirado nos materiais
chamados de base biológica, que de alguma forma
utilizam organismos vivos no seu processo. "O fu-
turo está mostrando que as coisas estão mudando
muito rápido".
Eduardo comentou sobre sua participação na Feira
holandesa “Material Xperience” que este ano apre-
sentou Materiais sob o tema “Cinco Sentidos” com
mais de 120 expositores. Muitos expositores con-
sideram o Brasil um país interessante para se fazer
negócio. “A maioria deles disseram ter interesse em
investir no Brasil, fazer parcerias. Não podemos
nos fechar em nossas limitações e perder a oportu-
nidade de buscar esse conhecimento e novas apli-
cações. O momento é de estabelecer uma agenda
positiva, na busca de parceiros internacionais.”
O grande problema agora, de acordo com Edu-
ardo é o custo Brasil para as empresas. “Grande
parte desse salto pode se dar com parceria inter-
nacional, com interesse de trazer inovação e tec-
nologia para o Brasil. Hoje esse custo Brasil causa
esses entraves, não só pela logística mas por ques-
tão energética, por exemplo”.
O palestrante finalizou dizendo que é uma boa
oportunidade para o Brasil e pode ajudá-lo eco-
nomicamente. “Acho que a biotecnologia no pri-
meiro momento vai ter esse impacto nos proces-
sos produtivos para a redução de custo, é evidente
que isso vai exigir investimentos da indústria,
mas todo investimento está calcado em uma eco-
nomia futura para essa mesma cadeia produtiva”.
Para o presidente do Simmesp, Elias Haddad, é
sempre bom compartilhar novos conhecimentos,
principalmente quando eles podem influenciar
diretamente a atividade. “Tem muita coisa ruim
esse ano, e nós temos que procurar alternativas,
superar e cumprir o que estiver ao nosso alcance.
O que não depender de nós, vamos ter que nos
apoiar nos pleitos que são feitos pela FIESP”.
Indústria têxtil discute uso da
BIOTECNOLOGIA
Elias Miguel Haddad
Eduardo Giacomazzi