Sindicatos em Ação - Edição 39 - Setembro de 2019 - page 5

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siniem
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O Brasil gera cerca de 78,4 milhões de toneladas de
resíduos sólidos por ano e 70% dos municípios têm
algum tipo de coleta seletiva. Porém, os serviços pú-
blicos de limpeza não conseguem abranger nem a
metade do lixo produzido.
Para analisar as soluções que visam reduzir os
resíduos gerados por embalagens, a Abeaço
(Associação Brasileira de Embalagem de Aço),
com o apoio do Siniem (Sindicato Nacional da
Indústria de Estamparia de Metais), promoveu
em 11/09/2019 o debate sob o tema “A impor-
tância da embalagem frente à PNRS”, que con-
tou com a participação de autoridades do Mi-
nistério Público do Meio Ambiente.
Na abertura do evento, o presidente do Siniem,
RogerioMarins, ressaltou que a indústria de latas de
aço e de latas de alumínio vem se organizando para
estender a rede de coleta de embalagem pós-con-
sumo, que deverá incluir a destinação inteligente
da matéria-prima na origem e no destino. “Muitas
vezes o consumidor adquire um produto em emba-
lagem não reciclável por causa de alguns centavos
de diferença no preço, sem avaliar os custos para a
sociedade. O maior desafio é motivar o usuário ao
descarte correto após o uso da embalagem.”
Thais Fagury, presidente da Abeaço, apresentou
o “case” da Prolata, que foi a primeira entidade
gestora para logística reversa de embalagens re-
conhecida pelo Ministério do Meio Ambiente.
Além de contar com mais de 30 Pontos de En-
trega Voluntária (PEVs) em todo o país, a Prolata
mobiliza hoje mais de 50 cooperativas de recicla-
gem. Desde sua fundação em 2011, mais de 28 mil
toneladas de aço foram recicladas.
A experiência internacional orientou o projeto da As-
sociação Prolata. “Em 2008, vimos nas visitas técnicas
na Alemanha, Bélgica, Suécia e Suíça, que a separa-
ção do aço ocorre por eletroímã e a do alumínio, por
energia elétrica. Os metais são os únicos materiais com
valor comercial. Porém em alguns países eram pena-
lizados, pois o pagamento da separação era calculado
por peso”, observou Antonio Carlos Teixeira Álvares,
presidente do Conselho Superior de Inovação e Com-
petitividade da Fiesp e 1º vice-presidente do Siniem.
O vice-presidente da Associação Brasileira dos
Membros do Ministério Público do Meio Ambien-
te, José Eduardo Ismael Lutti, alertou que a respon-
sabilidade de informação ao consumidor cabe ao
fabricante da embalagem, ao distribuidor e à ponta
do varejo: “Não esperem campanhas do governo,
a legislação determina que cada cadeia produtiva
seja responsável pela gestão dos resíduos sólidos.”
O evento contou com as palestras de especialistas
como Fábio Mestriner; Almachia Zwarg, promo-
tora do Ministério Público do Meio Ambiente na
Baixada Santista; Sarah Pianowski, da gestão pú-
blica no Ceará; e a gerente da Cetesb, Lia Deman-
gi, que informou que o licenciamento ambiental
em São Paulo leva em conta o enquadramento das
empresas na PNRS.
Estímulo à
R E C I C L A G EM
Evento realizado na sede da Fiesp
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