Sindicatos em Ação - Edição 16 - Setembro de 2015 - page 11

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sindicatos em ação
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Mostrar ao setor que existem alternativas para enfrentar a
crise e melhorar a competitividade. Assim tem sido o tra-
balho do presidente do Simmesp (Sindicato da Indústria de
Malharia e Meias no Estado de São Paulo), Elias Miguel Ha-
ddad. Além das ações realizadas no dia a dia do Sindicato, o
presidente tem procurado motivar os associados a participar
do Comitê da Cadeia Produtiva da Indústria Têxtil (Comtex-
til), do qual é coordenador.
Segundo Haddad, o Comtextil tem se caracterizado por mos-
trar aos empresários cases de sucesso. No último dia 15 de
setembro, a reunião Plenária do Comitê foi realizada em con-
junto com o Comitê da Cadeia Produtiva de Couro e Calça-
dos e Artefatos (Comcouro) e trouxe como destaque a histó-
ria da Riachuelo, que vai desde a produção até a viabilização
de crédito para seus clientes.
Durante a reunião o presidente da empresa Flávio Rocha
falou sobre o funcionamento da marca dentro do segmento
chamado de Fast Fashion (moda rápida). “Acho que a Ria-
chuelo é o melhor exemplo de uma empresa efetivamente
integrada, que diz respeito à velocidade e eficiência em custo
que uma empresa integrada obtém sobre uma cadeia de su-
primento tradicional fatiada”, explica.
Flávio ressalta a concorrência com os produtos asiáticos,
Setor Têxtil deve se inspirar
nos bons
E X EMP LO S
principalmente chineses, que oferecem mão de obra de bai-
xo custo. “Acho que a questão cambial é fundamental, mas
tenho a impressão de que a integração entre os elos da cadeia
tem uma oportunidade ainda maior, porque é um jogo de-
sigual competir com o custo e com a fantástica eficiência da
indústria têxtil asiática. Mas a nossa indústria tem algo que a
dos chineses não podem oferecer que é a velocidade”.
Ele destaca ainda a integração que a Riachuelo se utiliza e
que tem obtido bons resultados. “Seria um modelo que vai
além da cadeia empurrada e movida pelos pedidos. O pedi-
do é o tradicional elo de contato entre as ligações da cadeia
têxtil, se tornou obsoleto pela complexidade e número de va-
riáveis que o mercado moderno transmite ao longo de toda
essa cadeia. Então não é mais suficiente apenas um elo de
contato na cadeia, é necessária uma relação muito mais inti-
ma de múltiplos pontos de contato que vão desde o marke-
ting em conjunto, desenvolvimento de produto em conjunto
e do entendimento do novo papel do varejo”.
Para Haddad as pessoas e as empresas precisam olhar para
dentro e pensar no que podem fazer e não ficar apenas se la-
mentando pelas ações do governo. Sobre a variação do dólar
e a influência disso no mercado têxtil, Elias afirma que isso
vai contribuir, mas os efeitos não deverão ser sentidos antes
de seis meses.
Presidente Elias Haddad e Flávio Rocha
Tema atraiu interesse dos empresários
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