Sindicatos em Ação - Edição 20 - Maio de 2016 - page 21

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Medidas devem ser implementadas rapidamente,
contendo os gastos públicos, diminuindo a carga
tributária das empresas, combatendo a in ação
e reduzindo a taxa básica de juros. A partir daí
haverá um estímulo ao investimento e o processo
de crescimento se iniciará, trazendo esperança a
toda a indústria.”
O presidente do Sindareia (Sindicato das Indús-
trias de Extração de Areia do Estado de São Pau-
lo), Antero Saraiva Júnior a rma que o mercado
de agregados vem amargando resultados cada dia
mais pí os, com a retração da demanda. “Não po-
demos acreditar em um boom, que lembre os anos
de ouro que vivemos recentemente, e que infeliz-
mente não soubemos aproveitar para promover as
mudanças estruturais necessárias em nosso pais, e
que certamente faz falta nestes momentos de con-
turbação, mas, podemos esperar uma estabilização
e uma lenta retomada que deverá passar por um
reaquecimento da construção civil, atividade que
emprega intensamente mão de obra.”
O presidente do Simmesp (Sindicato da Indústria
de Malharias e Meias no Estado de São Paulo),
Elias Miguel Haddad, o setor têxtil passou por
um período bastante difícil. Com a recuperação
do dólar o setor passa a ter melhores condições de
concorrer com o produto importado, assim como
abre espaço para a recuperação da indústria na-
cional. “No entanto, o mercado precisa recuperar
a con ança para que a população volte a consu-
mir. A indústria precisa de regras claras, redução
dos gastos públicos, da carga tributária das em-
presas, dos juros e crédito.”
Ter esperança de que o com o novo governo as
coisas se ordenem e o país se prepare para vol-
tar a crescer. Essa é a expectativa do presidente
do Siamfesp (Sindicato da Indústria de Artefatos
de Metais Não Ferrosos no Estado de São Paulo),
Arcangelo Nigro Neto, que lembra a situação da
Argentina. “Lá depois de 100 dias, o país voltou a
respirar e ter con ança no futuro. Nada impedirá
que um gigante com o potencial que tem o Brasil
retome o caminho que havia sido trilhado pelo
Plano Real.”
te hoje um brasileiro que não deseje a volta do
equilíbrio político e econômico do país. “Precisa-
mos ser otimistas. Exportamos nossos produtos
com a bandeira do Brasil para mais de 130 paí-
ses, proporcionamos divisas de US$ 600 milhões
por ano ao país. Temos a expectativa de que, com
uma nova equipe de governo, outras lideranças,
caminharemos o mais rápido possível para a es-
tabilidade da gestão pública, para retomar nossas
decisões ampliação de mercados e investimentos,
com tranquilidade e segurança. São pontos im-
portantes para nossa indústria: in ação controla-
da, redução da taxa de juros, câmbio real, reforma
tributária e scal, e ciência da gestão pública.”
“A atual situação do país gera preocupação em
toda a sociedade. Esperamos que seja restaurada a
con ança da população e dos agentes econômicos
para possibilitar a reversão da recessão. Estamos
con antes que a provável mudança na condução
política venha trazer esperança e novas perspec-
tivas”, acredita o presidente do Siniem (Sindicato
Nacional da Indústria de Estamparia de Metais),
Antonio Carlos Teixeira Álvares. Segundo ele,
com a ida de Henrique Meirelles para o Minis-
tério da Fazenda, tudo indica que a sua chancela
deverá recuperar a con ança por parte do setor
nanceiro. O setor industrial, porém, tem algum
receio, que se justi ca, pois foi justamente duran-
te a gestão dele à frente do Banco Central que teve
início a excessiva valorização cambial, o que acar-
retou perda drástica para a indústria brasileira.
“Esperamos que a nova equipe econômica com-
preenda a gravidade desta situação e evite que a
chamada “doença holandesa” – fenômeno onde a
sobrevalorização cambial prejudica a competitivi-
dade e leva ao enfraquecimento do setor indus-
trial local - se alastre no Brasil.”
As empresas que participam do Sindinstalação
(Sindicato da Indústria da Instalação do Estado
de São Paulo) estão vivendo uma crise sem pre-
cedentes num passado recente, diz o presidente
Silvio Valdissera. “Consideramos que o atual go-
verno perdeu a governabilidade e a con ança dos
agentes do mercado, somente um novo governo
com credibilidade mudará a situação da indústria.
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