Sindicatos em Ação - Edição 20 - Maio de 2016 - page 12

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sindicatos em ação
| maio 2016
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O Siniem (Sindicato Nacional da Indústria de Estam-
paria de Metais) realizou em 21de março assembleia
geral na sede da entidade para apresentar as demons-
trações financeiras em 2015. Além da pauta, o Siniem
oferece em suas reuniões com as empresas associa-
das uma breve apresentação do cenário econômico,
com base nos estudos do Depecon (Departamento de
Pesquisas e Estudos Econômicos) da Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), do qual o
presidente Antonio Carlos Teixeira Álvares é diretor.
A apresentação foi proferida pelo economista e ge-
rente do Depecon, Guilherme Caldo Moreira que
procurou explicar a atual conjuntura e os possíveis
impactos na atividade dos associados. Segundo ele, a
economia brasileira possui velhos e novos problemas
que precisam ser resolvidos. "Podemos destacar, entre
outros, a carga tributária elevada e os juros, no entan-
to, atualmente, o real entrave à retomada do cresci-
mento econômico é a falta de confiança causada pela
instabilidade política".
A confiança das famílias e dos empresários encon-
tra-se nos mais baixos níveis da história, travando
toda a atividade econômica, destacou. "Enquanto
esse impasse não for resolvido, a economia não vol-
ta a funcionar, ou seja, as famílias não consomem, as
indústrias não produzem e o governo não arrecada,
portanto, todos perdem".
O gerente do Depecon mencionou que parcelas dos
preços no país se alteram com a variação do dólar, mas
a inflação atual não pode ser atribuída à variação cam-
bial. Segundo ele uma boa dose da elevação dos preços
em 2015 e neste ano ainda se associa ao aumento dos
preços administrados. "Também não se deve esquecer
que a recente desvalorização do real frente ao dólar,
trouxe vantagens principalmente ao setor produtivo
nacional, que volta a se tornar competitivo tanto no
mercado interno, quanto no externo".
No que diz respeito ao desemprego, Moreira confirma
a gravidade do quadro atual. "Esta é a pior face da atual
crise econômica. No ano passado foram destruídas 1,6
milhão de vagas formais no país e as projeções apon-
tam que em 2016 não teremos resultado diferente".
O economista alerta que, considerando também o
trabalho informal, a estimativa até o final de 2016 é
de algo em torno de 12,5 milhões de desempregados
no país. "Essa quantidade assustadora de desempre-
gados em tão pouco tempo traz graves consequências
sociais e econômicas para o país".
A crise se aplica a todos os setores. "O ano de 2016
será muito difícil. No entanto, a desvalorização cam-
bial pode trazer alguns ganhos e gerar oportunida-
des, tanto no mercado interno como no externo".
Após a palestra, o presidente do Siniem relatou as me-
didas da diretoria diante da queda da arrecadação da
contribuição sindical patronal e face ao aumento das
despesas. “O sindicato patronal enfrenta queda na re-
ceita motivada principalmente pela isenção do recolhi-
mento às empresas do regime Simples. Este quadro se
agravou com a retração das encomendas para os fabri-
cantes do setor de estamparia de metais”, disse Teixeira.
CENÁRIO
econômico
em análise
Assembleia Geral
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