fevereiro 2019 |
sindicatos em ação
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A partir de 1º de fevereiro, passou a vigorar no
estado de São Paulo a tarifa do gás natural para a
indústria com reajuste superior a 30%, autorizado
pela ARSESP – Agência Reguladora de Saneamento
e Energia do Estado de São Paulo.
Para a indústria de grande porte com consumo aci-
ma de 10 milhões de metros cúbicos por mês, o rea-
juste foi de 37,12%. Para as fábricas que consomem
de 1 milhão a 10 milhões de metros cúbicos/mês, o
aumento foi de 34,7%.
Em nota, a agência reguladora informa que a tarifa
final do gás canalizado é formada por preço do gás
e do transporte. O gás natural é fornecido pela Pe-
trobras, e na sua tarifa está incluída a remuneração
dos serviços prestados pela concessionária (margem
máxima) que tem reajuste anual.Fontes do mercado
criticaram a medida e argumentaram que os con-
tratos entre as distribuidoras e a Petrobras não são
públicos nem transparentes.
Para os fabricantes de embalagens metálicas, re-
presentados pelo Siniem (Sindicato Nacional da
Indústria de Estamparia de Metais), o aumento
drástico, ao redor de 35% deste insumo, causa forte
impacto nos custos de produção. No processo de
impressão litográfica dos rótulos, as latas, tanto de
aço como as de alumínio, utilizam o gás natural de
forma intensiva para a secagem das tintas de im-
pressão e vernizes nas estufas.
Assim as categorias de latas de alumínio para bebi-
das; bisnagas de alumínio para medicamentos e cos-
méticos; tubos de aerossol para inseticidas e itens de
higiene; bem como as latas de aço para conservas
alimentícias e latas para tintas e produtos químicos
terão seus custos de produção fortemente onerados.
Reajuste do gás natural em SP prejudica
EMBALAGENS METÁLICAS
Estimativas preliminares do Siniem indicam que o rea-
juste do gás natural vai acarretar aumento de custos da
ordem de R$ 20 milhões/ano. Este fator adverso poderá
afetar os planos de expansão e a produtividade das em-
presas, que amargaram perdas nos últimos anos com a
recessão da economia.
A Diretoria do Siniem esteve mobilizada com a Fiesp
em ações de esclarecimento para reverter a decisão da
ARSESP. O setor industrial e a Comgás chegaram ao
acordo para reduzir o aumento médio de 35% para 23%
a partir de 1º de março. Esta questão voltará a ser tratada
em breve, quando se espera por condições mais favorá-
veis da economia do país.
