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sindicatos em ação
| fevereiro 2019
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sipan-aipan
.org.br
O Sipan (Sindicato da Indústria de Panificação e
Confeitaria do Grande ABC) e a Aipan (Associa-
ção dos Industriais de Panificação e Confeitaria
do Grande ABC) promoveram no último dia 13
de fevereiro palestra com o jornalista William
Waack, na sede do Sindicato, em Santo André.
De acordo com o presidente do Sipan, Antonio
Carlos Henriques, o objetivo foi levantar algumas
considerações sobre a situação atual do país, bem
como entender os desafios que o novo governo
terá para retomar o crescimento.
Waack procurou mostrar como a economia brasi-
leira pode se desenvolver, sobretudo em um pra-
zo mais curto, até o final do ano, ou até o fim do
ano que vem diante do que são os severos desafios
políticos desse novo governo.
O jornalista fez uma interseção entre política
e economia, e como uma afeta a outra, além de
tentar responder à pergunta central que está na
cabeça de todo agente econômico brasileiro hoje,
ou seja, todos àqueles que estejam tomando uma
decisão de investimento: qual é a capacidade que
o governo tem de enfrentar essas duas grandes
crises brasileiras, a dívida e a segurança pública?
Dentro desse escopo explica, as Entidades sindi-
cais patronais vão ter um papel central. “O que
está em discussão agora é uma série de reformas,
e como eles vão lidar com a questão da reforma
Jornalista William Waack faz
palestra no
S I PA N A B C
Tributária, fundamental para qualquer setor de
atividade de economia; como vão lidar com a
relação capital/ trabalho que é traduzida como
reforma Trabalhista e como vão lidar, sobretudo
com aspectos da legislação que tem a ver com o
sistema de aposentadorias e pensões”.
Para ele esses três conjuntos estão no cerne da
economia fiscal brasileira. “É impossível imaginar
que a economia brasileira esteja a se desenvolver
de maneira sustentável, não no sentido de ecolo-
gia, mas no sentido de manter uma taxa de ge-
ração de prosperidade, de riqueza e emprego por
um prazo razoavelmente longo e em boas condi-
ções sem que aquela questão fiscal seja tratada.”
Não dá para mexer na carga Tributária sem con-
versar com os governadores, não dá pra fazer a re-
forma Previdenciária sem conversar com os gover-
nadores e prefeitos, argumenta. “Isso é muito mais
que o ambiente da Câmara dos Deputados ela é
mais ampla, portanto acho muita ingenuidade das
pessoas acharem que um presidente com muito
voto, forte, com muitas intenções resolva sozinho.”
Após a palestra o jornalista abriu espaço para
perguntas da plateia, que destacou, dentre outros
pontos, o excesso de ingerência do governo nas
empresas, e quanto tempo será preciso para co-
meçar a sentir os efeitos da maneira de governar
do novo presidente.
William Waack
Auditório ficou lotado
Willian Waack e o presidente Antonio Henriques