Sindicatos em Ação - Edição 19 - Março de 2016 - page 19

março 2016 |
sindicatos em ação
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O gerente do Departamento Sindical (Desin), da Federação
das Indústrias do Estado de São Paulo, Marco Aurélio Vizioli,
diz que o cenário econômico, que vem desde 2015, deverá
trazer reflexos sérios para 2016. "O ano passado já tivemos
sérias dificuldades nas negociações e este ano nossa visão é de
que elas deverão perdurar".
Diante disso, orienta, é importante que já no início do ano,
mesmo que suas negociações ocorram no segundo semestre,
as empresas, orientadas por seus Sindicatos patronais, plane-
jem essa ação. Para tanto diz que é importante:
- verificar a conjuntura econômica do país -
uma visão macro;
- consultar o setor econômico que a empresa
pertence e como ele está no Estado de São Paulo;
- verificar como estão os clientes;
- verificar como está o caixa da empresa;
- conhecer o que foi feito em negociações
coletivas, não só do seu setor, no ano anterior.
Ele afirma que a empresa precisa ter uma visão de mercado
e planejar as economias internas da sua empresa, pois ela é
quem dará o sinalizador do que será possível fazer. Outro
fator importante é conhecer sua convenção, ter uma noção
clara do que impacta economicamente e socialmente suas
cláusulas. "Temos muitas cláusulas que são históricas, que já
tem previsão em legislação, na CLT ou em legislação apar-
tada. Portanto, não justifica mantê-las na convenção. Você
pode limpar o texto para ser mais fácil. Mas, para tanto é
importante que as empresas tragam aos seus Sindicatos pa-
tronais uma fotografia na visão delas".
O gerente do Desin ressalta que uma boa Convenção tem
que atender aos dois lados. "Nesse momento recessivo é
possível rever algumas cláusulas. O que temos incentivado
e já aparece em algumas Convenções Coletivas é a cláusula
de revisão, mesmo antes das negociações". O exemplo seria:
se houve retração no mercado e causou instabilidade finan-
ceira para a empresa, algumas Convenções Coletivas já per-
mitem, mesmo fora da negociação, da data base, rever. "Ou
seja, eu, empresa, procuro meu Sindicato patronal e abri-
mos uma negociação pontual para aquela situação, antes de
simplesmente deixar de cumprir".
Nesse momento
recessivo é possível
rever algumas cláusulas. O que
temos incentivado e já aparece
em algumas Convenções
Coletivas é a cláusula de
revisão, mesmo antes das
negociações.
Marco Aurélio Vizioli
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