março 2014 |
sindicatos em ação
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O Simde esteve representado por seu presidente
Carlos Erane de Aguiar, no 8º Encontro Nacio-
nal da Indústria (ENAI), realizado em Brasília
nos dias 11 e 12 de dezembro. Tendo como tema
central os desafios que o Brasil precisa vencer
para aumentar sua participação na economia
global, o evento, organizado pela Confederação
Nacional da Indústria (CNI), reuniu mais de
2.300 líderes empresariais no Centro de Conven-
ções Ulysses Guimarães.
O evento foi aberto pela presidente da Repú-
blica, Dilma Rousseff, que afirmou que o país
precisa combater a burocracia, modernizar as
estruturas institucionais e a capacidade de se re-
lacionar com a sociedade. Segundo a presidente,
"não podemos ter múltiplas portas de entrada e
processos que se sobrepõem".
A presidente fez um resumo dos pontos positi-
vos do governo, destacando dentre outros pro-
gramas o Pronatec, que também foi lembrado
pelo presidente da Confederação Nacional da
Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade.
Segundo ele o SENAI atenderá quatro milhões de
pessoas em 2014. Andrade destacou que o país
precisa vencer uma série de desafios para ganhar
competitividade. "Devemos atacar a insegurança
jurídica, que gera graves incertezas, afasta investi-
mentos e freia o crescimento”, disse.
Além da presidente Dilma Rousseff e de An-
drade, a abertura do ENAI teve a participação
dos ministros Guido Mantega, da Fazenda; Fer-
nando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior; e Aloizio Mercadante, da
Educação e do presidente do Banco Nacional do
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),
Luciano Coutinho.
Setor de defesa sofre com
a
B U R O C R A C I A
O Enai contou ainda com uma
série de painéis, que abordaram
questões como a inserção da in-
dústria nas cadeias globais de
valor, os acordos comerciais, os
desafios para a área de educação
e inovação, o impacto das rela-
ções de trabalho na competitivi-
dade, o custo da falta de infraes-
trutura e logística e a tributação
e os financiamentos.
Para o presidente do Simde
o que ficou mais patente é o
problema da burocracia. "A
burocracia gera uma série de
consequências, um custo Brasil enorme e gera,
principalmente, a corrupção, que a Fiesp e a
Firjan tem combatido de maneira gigantesca".
Outro efeito da burocracia, afirma, são as amarras
que impedem a exportação. Especificamente nos
setores de defesa e segurança, explica, a burocracia
para exportar é muito grande. "O Brasil está muito
bem. Nossas empresas estão conseguindo penetrar
em mercados antes impossíveis, como o Oriente
Médio. E aí esbarramos na burocratização".
A P R E S I D E N T E
Além de destacar a necessidade de combater a bu-
rocracia, a presidente Dilma defendeu a necessida-
de do país aumentar a produtividade e para tanto,
será importante que o governo atue em parceria
com os empresários. Ela destacou os avanços nos
portos, aeroportos e rodovias – os leilões de ener-
gia e dos campos de exploração de petróleo e gás.
Para ela, a parceria do governo com o setor priva-
do é essencial, não só pelo valor dos investimentos,
mas, sobretudo pela capacidade de gestão e pelos
ganhos de eficiência aplicados pelas empresas.
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simde
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Carlos Erane de Aguiar